APRESENTAÇÃO
Há cerca de 150 anos,
o “filósofo da indignação”, Karl Marx, disse que os filósofos até
então haviam se ocupado mais em contemplar o mundo, mas que era
necessário também transformá-lo. O livro “A filosofia e o cotidiano:
caminhos para pensar” tem como fio condutor a preocupação em trazer
para o dia-a-dia da vida os grandes temas da filosofia. Assim, pode-se
perceber em alguns capítulos uma nítida preocupação com os problemas
ambientais e outros temas contemporâneos, decorrentes da maneira como o
ser humano se relaciona com o ambiente.
O(a) leitor(a) não
espere encontrar nesta obra um conjunto de lições a seguir para
alcançar a felicidade, o amor ou a paz (mesmo por que, não se trata de
um manual de auto-ajuda). Tampouco deve esperar encontrar nas páginas
deste livro a verdade (que sempre é muito relativa, uma vez que a verdade
absoluta é algo ainda muito distante de nós), sobre os temas abordados.
Mas espere encontrar pistas que o ajudem a pensar de forma lógica e
racional, usando o bom senso.
A leitura deste livro
é um bom começo para quem pretende se dedicar ao estudo da filosofia,
buscando nos ensinamentos básicos dos grandes filósofos a inspiração
para “a prática de pensar a prática”, como ensina Paulo Freire.
Algumas passagens do livro, assim como algumas idéias expressas pelo
autor, certamente são divergentes daquelas de quem as lê. Mas não se
assuste o leitor com isso: a diversidade de pensamento é mais profícua
que o pensamento único, assim como a dúvida se revela mais instigante,
mais rica de possibilidades do que a certeza. Que a leitura deste livro
sirva como um estímulo, um desafio para o pensar.
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